domingo, 19 de outubro de 2008

Villa de São Sebastião das Bananeiras

Altar da Primeira Capela de São Sebastião das Bananeiras - foto cedida ao acervo pela Sra. Maria Ferreira em novembro de 2008.

Pouso das Bananeiras - Na visão do artista "Eurípedes V. de Castilho"

Contavam os primeiros moradores, que o segundo nome do lugarejo, antes de Pouso das Bananeiras, fora São Sebastião do Pouso Alegre, o que permaneceu por um curto período, não foi bem aceito, pois era uma assimetria entre o conhecido “Pouso das Bananeiras”. Não lembrava aos caminheiros e viajantes o acidente geográfico ou mesmo, a travessia do córrego das Bananeiras, localizado na região do mesmo nome. Retomando, com a doação da gleba de terras, o nome Bananeiras com o prefixo de São Sebastião, pois Manoel Vicente Rosa, que fora seminarista e devoto de São Sebastião; Cândido Luiz de Castilho e Manoel Bernardo da Costa, proprietários de terras à margem direita do córrego Bananeiras, a convite e por sugestão de Vicente Rosa, em 1.892 resolvem doar uma gleba de chão do nativo, no valor total de 59.$.000,000 (cinqüenta e nove mil reis), com a finalidade de erguerem uma capela em homenagem ao Santo Padroeiro. Contam que, nesse mesmo ano, é feita e erguida uma cruz de aroeira, tendo ao seu lado, construído um rancho de palhas e fizeram celebrar ali a primeira missa em louvor a São Sebastião. O evento foi coberto de muito festejo e alegria, inclusive contando com a presença de pessoas vindas de outras regiões. Os moradores da villa, reconhecem a partir desta data, os ditos doadores como fundadores do povoado. O termo de doação foi celebrado de modo a não permitir a venda da área doada, as chamadas datas (lotes). Ficavam concedidos apenas aos requerentes, o direito de uso como um privilégio, o conhecido “aforamento.” Com a construção de uma capela em substituição ao rancho de palha (barraca), surgem simultaneamente nas suas imediações, outras casas residenciais e até mesmo as primeiras comerciais.
A área doada, foi numerada em quadras, recebendo uma ordem seqüencial, como também suas respectivas datas (lotes). Podendo dessa forma, reorganizar o arruamento do aglomerado das casas já existentes, dando um novo aspecto ao povoado que já deixara de ser chamado de “Pouso das Bananeiras,” e sim, São Sebastião das Bananeiras.
Mais tarde que a administração pública municipal adquire, através de permuta com a Igreja Católica, a referida área e disponibiliza sua regularização definitiva aos seus aforados.

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